9 de outubro de 2009

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ADESÃO DA UNIDADE DE IPORÁ À GREVE EM “DEFESA DA UEG”


A Universidade se caracteriza por ser o locus do saber, tornando-se o centro do embate no campo das idéias. Isso lhe proporciona a capacidade de transformação da realidade societal em que se encontra inserida, tornando-a um patrimônio cultural local.

A Universidade Estadual de Goiás é um patrimônio dos Goianos e deveria ser pública, gratuita e de qualidade. Não é o que ocorre, já que em algumas Unidades para entrar como um profissional - professor ou administrativo - não existe edital público de contratação em regime de substituição (pois a Instituição não faz concurso para efetivo a muitos anos), ficando essa a cargo dos politicos locais (caso que felizmente não ocorre em Iporá). A gratuidade é muito questionada, pois os discentes ainda pagam algumas taxas e, em trabalhos de campo, necessitam arcar com os custos do seu transporte, o que comprova a característica de não gratuidade. Isso faz com que a qualidade da Instituição entre em declínio, caso comprovado pela avaliação do Ministério da Educação que coloca a UEG em 4º lugar como a pior Instituição Pública de Ensino Superior do Brasil.

Por essa justificativa, os docentes, discentes e funcionários administrativos da UEG Marcharam em protesto da Unidade de Anápolis até ao Palácio do Governo Estadual nos dias 1 e 2 de Outubro. No dia 2, em Assembléia Geral, ficou decido que a Instituição entraria em GREVE a partir daquele momento. Desta maneira nós, como signatários das decisões coletivas da UEG, decidimos, em reunião dos professores no dia 07 de Outubro, adesão à greve por tempo indeterminado.

As reivindicações, conforme colocado no sítio do Fórum de Defesa da UEG, entregues ao governador Alcides Rodrigues são:






1. Destinação de 5 por cento de toda a arrecadação fiscal do Estado para financiamento permanente da UEG, devendo esse percentual ser estabelecido mediante aprovação de uma emenda à Constituição Estadual.

2. Realização de concurso público para professores e servidores técnico-administrativos para preenchimento de todas as vagas existentes no quadro da universidade.

3. Urgente aprovação e implementação da lei que cria o Plano de Carreira dos servidores técnico-administrativos da UEG.

4. Fim do atraso do pagamento dos salários dos professores e funcionários técnico-administrativos e restabelecimento do calendário de pagamentos que vigorou até o ano de 2006.

5. Implementação de política de melhoria dos vencimentos dos professores e funcionários técnico-administrativos que inclua reposição das perdas salariais provocadas pela inflação e aumentos reais.

6. Ampliação do número de bolsas de iniciação científica e atualização do pagamento dos alunos bolsistas que participam dos projetos de pesquisa.

7. Regularidade na liberação dos recursos para a manutenção do funcionamento das unidades e reajustamento dos seus valores, de acordo com as necessidades de cada uma delas.

8. Ascensão imediata dos professores na carreira que obtiveram título de mestre ou doutor nos últimos anos e ainda não foram promovidos.

9. Constituição de um grupo de trabalho, com a participação de estudantes do Fórum de Defesa da UEG, para formular a política de assistência aos alunos da UEG que inclua a construção de casas de estudantes, restaurantes universitários, creches universitárias, de modo a atender às demandas de cada unidade universitária, a ser implementada pela Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis.

10. Ampliação imediata do acervo das bibliotecas da Universidade, de acordo com as necessidades de cada curso.

11. Ampliação das vagas de dedicação exclusiva para os docentes, devendo atingir um terço do quadro de professores efetivos neste ano de 2007.

12. Transparência na gestão da Universidade com a realização imediata de uma auditoria externa na folha de pagamentos de pessoal da UEG por uma agência independente de outro Estado, mediante acompanhamento de um integrante de cada segmento da Universidade que compõe o Fórum de Defesa da UEG.

13. Fim do nepotismo e da coação a servidores na Universidade.

14. Exoneração imediata da atual presidente do Instituto de Desenvolvimento Humano (IDH) e extinção desse órgão.

15. Substituição imediata dos atuais titulares da Pró-Reitoria de Administração, da Secretaria Geral da UEG e dos componentes da Comissão de Elaboração do Edital do Concurso para Professor.

16. Nomeação somente de docentes e funcionários do quadro efetivo para as Pró-Reitorias, Secretaria Geral, Gerências e Diretorias com as devidas qualificações acadêmicas.

17. Cumprimento da Resolução que estabelece seleção pública para a contratação de professores e funcionários substitutos com duração do contrato não superior a um ano, proibida a prorrogação por prazo superior a doze meses.

18. Realização de eleições para diretor das unidades, onde o cargo ainda é exercido por pessoas não eleitas, até o final deste semestre, obedecendo aos critérios previstos na lei e no Regimento da UEG.

19. Disponibilização de recursos financeiros em quantidade suficiente para custear despesas com transporte para participação de estudantes em eventos acadêmicos e aulas de campo, além da intermediação para concessão da meia passagem nos ônibus que fazem o trajeto Goiânia-Anápolis-Goiânia.


Esperamos a compreensão da comunidade de Iporá e região quanto às nossas reivindicações, esperando a colaboração de todos no sentido de ampliar o debate sobre a UEG dentro de nossa sociedade.


COORDENAÇÃO DO MOVIMENTO DE GREVE DA UNIDADE DE IPORÁ


E-mail encaminhado para a lista do Fórum de Defesa da UEG, no dia 08/10.

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