25 de setembro de 2009

Depoimento de uma Professora de Iporá

Quando ouço falar de esclerose múltipla lembro-me de uma jovem que a partir dos seus trinta anos e no auge do seu período produtivo começa a sua morte lenta. Pois a doença atinge o sistema nervoso central e vai, gradativamente, degenerando os movimentos da fala, dos braços, das pernas até consumir o paciente. A UEG chegou aos seus dez anos de existência e, no auge de sua atuação estadual, padece dessa doença. Em seu sistema nervoso central está impregnado a massa de políticos picaretas. Estes atuam em seu próprio favor e interesse colocando e retirando funcionários e professores conforme a conveniência do momento. Tal situação provocou o seu degeneramento, que é expresso pela pequena pesquisa existente: A extensão que não consegue sair dos papéis e o ensino que é uma lástima pela falta de profissionais qualificados. Ou seja, a morte da instituição já está decretada, conforme apontam os dados do MEC, no qual a UEG é a 5º pior universidade do Brasil. Como está tudo indo mal, os professores resolveram falar, demonstrar a sua indignação. Que pena! Foram calados a força, pois 90% do quadro é constituído por profissionais temporários. A mínima manifestação pode lhe causar a perda do seu sustento. Ah, mas isso não tem problema, já que é a minoria dos professore temporários que sabem o que é uma universidade. A maioria faz um bico, para demonstrar status na sociedade a qual pertencem. No final, a maioria dos professores estão silenciando!Agora, os alunos decidiram se manifestar, entrando em greve e fazendo barulho. Já estão falando que irão colocar falta para eles. Não nos restam dúvidas, a Esclerose Múltipla está dando o golpe final ao atingir a fala. Acho que o que nos resta agora é se despedir de nosso Ente Querido, deixando que descanse em paz! A morte é a melhor saída para cessar as dores. Descanse em paz!

(Virgínia dos Santos Macedo,
UEG - Unidade Iporá, via e-mail)

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